Fatores Influenciadores da Pesca

Muitos fatores influenciam a pesca com isca artificial, destacamos alguns para que você tenha o melhor aproveitamento possível nas próximas pescarias. São eles:

1-Temperatura: tanto a temperatura da atmosfera quanto a da água devem ser fundamentais para o seu planejamento. Devemos ficar atentos às previsões de tempo. Nas temperaturas muito frias, geralmente, os peixes vão mais para o fundo e ficam menos ativos. Por isso, é importante escolhermos iscas de profundidade.

2-Pressão Atmosférica: é a pressão exercida pela atmosfera sobre a superfície. Influencia todos os seres vivos. O ideal para pesca, teoricamente, deve estar entre 1012 HPa e 1020 HPa. Na prática, sem utilização de barômetro, podemos observar o comportamento de aves e insetos. Geralmente, quando estão em constante movimento, indicam uma pressão relativamente boa, havendo maior oxigenação na água e aumento na atividade dos peixes. Evite momentos de grande oscilação de pressão.

3-Cor da Água: quanto mais limpa, melhores condições o peixe terá para visualizar a isca, porém ficará mais fácil dele visualizar também o pescador. Por isso, deve-se preferir, nesses casos, arremessos mais longos e precisos.

4-Luminosidade Solar: o brilho do sol influencia muito na ação dos peixes e, por isso, devemos nos atentar também para a coloração das iscas. Em horas com luminosidade excessiva, geralmente, os peixes procuram os locais de sombra e de maior profundidade. Busque fazer arremessos nesses locais.

5-Chuvas, Ventos, Trovoadas e Raios: as chuvas podem aumentar a atividade dos peixes. Elas aumentam o número de quedas de insetos e outros alimentos na água. A tendência é que os peixes fiquem mais agitados. Fortes ventos, trovoadas e raios são inimigos da pesca. Evite pescar nessas condições para não causar ou sofrer acidentes.

6-Fases da Lua: existem muitas teorias sobre a preferência de luas e marés, este assunto é muito discutido e estudado. De forma geral, há uma tendência de que os peixes fiquem mais ativos na lua cheia, já que a luminosidade lunar pode atraí-los para a superfície. Porém, na minha opinião, nunca devemos descartar uma boa pescaria apenas por causa da lua.

7-Cor de Isca: a escolha da cor dependerá sempre da cor da água e da cor da presa natural que geralmente é preferida pelo peixe predador. Quanto às cores da águas, as variações proporcionam a seguinte utilização de iscas:

Águas Claras: iscas de cores claras. Verde limão, branco, amarelo, prata, transparente, branca com cabeça vermelha, dourada, rosa ou combinação dessas cores.

Águas Pouco Sujas: iscas de cores neutras. Tigresa, verde, marrom, cor de osso, dourado, preto, ou combinação dessas cores.

Águas Escuras: iscas vermelhas, sangue, marrom, cor de lambari. É mais difícil a pescaria nessas condições.

Águas Cor de Coca Cola (manguezais): verde limão, branca de cabeça vermelha, amarelo claro e luminescente.

Analisados esses aspectos, vemos que alguns são mais importantes que outros, mesmo assim, conhecimento e planejamento nunca são demais para atividades junto a natureza. Checados os detalhes, arrume as tralhas e boa pescaria!

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Apaixonado pelo tucunaré e especialista na pesca esportiva de água doce, Alcino Lavinas, possui mais de 5 décadas de experiência na atividade, sendo 25 desses
anos, dedicados a levar pescadores em excursões por todo país, com destaque para região Amazônica. Proprietário da Amigos da Pesca & Cia, Alcino valoriza o pesque e solte, além do uso de iscas artificiais, aplicando toda técnica aprendida na prática e nos diversos cursos que fez. Quando não está atrás dos emocionantes ataques de peixes esportivos, divide um pouco da sua experiência com a gente através deste blog.

Conhecendo os Modelos de Iscas Artificiais

A pesca com as iscas artificiais é uma mistura de ciência e arte. É preciso conhecimento, habilidade, persistência e estar fisicamente preparado.

Para facilitar a sua decisão, visando uma aquisição adequada de iscas e a própria escolha na hora da pescaria, vamos dividi-las em 5 grandes grupos:

  • Iscas de superfície
  • Iscas de meia água
  • Iscas de fundo
  • Iscas de silicone
  • Iscas metálicas

ISCAS DE SUPERFÍCIE:

Trabalham na linha d’água, a emoção de visualizar os ataques traz algo além de simplesmente pegar o peixe.

Tipos de iscas de superfície

1-Hélice:  Possuem uma ou mais hélices em seu corpo. Proporcionam grande vibração e ruído, atraindo peixes de uma distância maior. Responsáveis pela captura dos maiores tucunarés na Amazônia, devem ser usadas com varas de ação rápida (pontas menos flexíveis) e linha de multifilamento, para melhor eficiência. Em águas rasas, nos momentos em que os peixes não estão ativos, podem espantar mais do que atraí-los.

2-Popper: São iscas com uma cavidade frontal que se assemelham a uma boca. Criam som cacterístico e geram ataques espetaculares, sendo mais produtivas no início e no final do dia. Podem ser utilizadas com a presença de vento e marola, sem perder sua eficiência.

3-Stick: São iscas com peso na sua parte traseira e, quando paradas, ficam na posição vertical, imitando um peixe ferido, sendo assim, uma presa preferencial. São muito eficazes para arremessos longos, principalmente em águas limpas, mesmo com presença de vento.

Devem ser trabalhadas em velocidades diferentes, com movimentos de ponta de vara e recolhimento, demonstrando uma presa agonizante. Podem-se fazer pequenas paradas no recolhimento.

4-Zara: São iscas em formato próximo ao de uma banana ou pepino. São as mais difíceis de se trabalhar, deve-se fazer um movimento em Z (ziguezague), combinando recolhimento de linha e trabalho de ponta de vara.

Imitam uma presa em fuga, pequenos repteis e roedores. Muito eficientes em águas paradas, ainda mais quando se identifica o ritmo de velocidade desejado pelo predador.

ISCAS DE MEIA ÁGUA:

São iscas que possuem barbela. Quanto maior a barbela, mais profundidade atingem. Elas funcionam também de forma eficaz após o predador refugar ou errar o ataque em uma isca de superfície.

Sua escolha será muito produtiva principalmente nos dias de inatividade dos predadores, pois atingem de 0,50m a 5m de profundidade, estando assim, mais próximas a janela de ataque dos peixes.

Dentre as iscas de meia água estão as Iscas de Toque. São modelos que normalmente possuem pitão para fixar a linha no dorso, sobre a cabeça. Algumas flutuam quando paradas e outras afundam lentamente. Possuem nado errático, nadando de 0,20m a 1m de profundidade aproximadamente. Extremamente eficazes e produtivas, não podem faltar na caixa de pesca do pescador. Muito utilizada na pescaria do tucunaré.  

ISCAS DE FUNDO

São iscas que atingem o fundo rapidamente. Podem ser a salvação da pescaria, mesmo em locais que sofrem com a pressão da pesca ou mudanças climáticas, e quando os peixes predadores estão menos ativos.

1-Rattlins: São iscas bem pesadas, possuem esferas no seu interior. Normalmente a linha é fixada nas costas das iscas. Não deve ser utilizada em local com muito enrosco.

2-Jigs: São iscas formadas por anzóis com cabeça de chumbo e saia de penas ou pelos. Com grande versatilidade, seu trabalho consiste em deixar a isca afundar e com movimentos verticais de vara, imitar o nado. Muito útil para diversos tipos de predadores e, principalmente, na entrada de frente fria.

3-Metal Jigs (ou jumping jigs): Tipo de isca que revolucionou a pesca em água salgada, utilizada para muitas espécies em grandes profundidades. As placas metálicas que compõem essa isca possuem grande variedade de formatos e pesos.

4-Spinners: São conhecidas como colheres giratórias. Possuem grande eficiência principalmente para pescaria de peixes menores como tilápias e trutas. Devem ser utilizadas com giradores, para evitar a torção da linha. Variam de profundidade dependendo da velocidade de recolhimento.

5-Buzzbait: Muito semelhante ao spinner, possuem anzol com cabeça metálica e saia. Ao invés da colher, possuem hélice em seu corpo. Modelo muito utilizado na pescaria de traíra. 

ISCAS DE SILICONE

Imitam pequenos animais com perfeição: minhocas, sapos, camarões, peixes, larvas, etc.

São utilizadas normalmente com anzóis ou garateias, cabeça de chumbo ou outro lastro qualquer. São as iscas que mais se desenvolveram nos últimos anos. Muito utilizadas na pesca de robalo e outros peixes, tanto da água salgada quanto da doce.

ISCAS METÁLICAS

-Colheres: São iscas normalmente confeccionadas com uma colher metálica e um anzol. Eficientes para muitos tipos de peixes, com destaque para matrinxãs e pirapitingas. Muitas possuem anti-enrosco e exigem uso de girador.

No próximo artigo, abordaremos mais detalhes que influenciarão na sua pescaria com iscas artificiais. Detalhes como a cor da isca, temperatura da água, luminosidade, e muito mais. Até lá, pescador!

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Apaixonado pelo tucunaré e especialista na pesca esportiva de água doce, Alcino Lavinas, possui mais de 5 décadas de experiência na atividade, sendo 25 desses
anos, dedicados a levar pescadores em excursões por todo país, com destaque para região Amazônica. Proprietário da Amigos da Pesca & Cia, Alcino valoriza o pesque e solte, além do uso de iscas artificiais, aplicando toda técnica aprendida na prática e nos diversos cursos que fez. Quando não está atrás dos emocionantes ataques de peixes esportivos, divide um pouco da sua experiência com a gente através deste blog.

Desmistificando a Pesca Esportiva

Nós, brasileiros, temos um mundo de diversidade de peixes esportivos que nenhum outro país possui.

Para exemplificar, gostaria de destacar incialmente dois dentre esses famosos peixes:

As traíras, encontradas tanto nos menores açudes quanto nos maiores rios Brasil afora. Peixe predador, alimenta-se ferozmente de alevinos, rãs, minhocas dentre outras presas.

E o tucunaré, paixão nacional na pesca esportiva, agressivos por natureza, com ataques violentos capazes de destruir equipamentos e levar pescadores ao delírio. Sobre esse peixe, dedicaremos mais atenção em outro momento, pois ele merece a devida importância por movimentar grande parte do mercado nacional da pesca esportiva.

Para conquistar esses verdadeiros troféus, utiliza-se principalmente de iscas artificiais.

Nossos antepassados já usavam desse artifício, com penas de aves e pêlos de animais em anzóis rudimentares. Muito anos depois disso, na década de 30, o finlandês Lauri Rapala, faria as primeiras e, posteriormente famosas, iscas de madeira. Porém, apenas por volta da década de 90, a pesca esportiva começou a decolar no Brasil, com o aumento de programas de tv disseminando o esporte.

Apesar de muitas pessoas acreditarem que pescaria exige apenas paciência e que é uma atividade sem muito esforço físico, a pesca esportiva demanda treinamento no arremesso, para atingir os locais em que os peixes normalmente se localizam (junto a galhadas, vegetações, pedras), resistência física para aguentar diversos arremessos ao longo do dia, técnica, e qualidade de material, para imitar a vida da presa nas mais diversas profundidades e formas de nado.

Meios para evoluir no esporte não faltam hoje em dia, filmes, revistas, e blogs disseminam as melhores técnicas e as melhores opções de produtos para fisgar o exemplar desejado.

Destacadas as exigências para o aprimoramento do esporte, há de se esclarecer que qualquer pessoa, independente de sexo, idade ou classe social, pode desenvolver a arte de reproduzir a vida natural que atrai o predador. Basta o primeiro arremesso!

#pesqueesolte

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Sobre o autor do blog:


Apaixonado pelo tucunaré e especialista na pesca esportiva de água doce, Alcino Lavinas, possui mais de 5 décadas de experiência na atividade, sendo 25 desses
anos, dedicados a levar pescadores em excursões por todo país, com destaque para região Amazônica. Proprietário da Amigos da Pesca & Cia, Alcino valoriza o pesque e solte, além do uso iscas artificiais, aplicando toda técnica aprendida na prática e nos diversos cursos que fez. Quando não está atrás dos emocionantes ataques de peixes esportivos, divide um pouco da sua experiência com a gente através deste blog.