A pesca com as iscas artificiais é uma mistura de ciência e arte. É preciso conhecimento, habilidade, persistência e estar fisicamente preparado.

Para facilitar a sua decisão, visando uma aquisição adequada de iscas e a própria escolha na hora da pescaria, vamos dividi-las em 5 grandes grupos:

  • Iscas de superfície
  • Iscas de meia água
  • Iscas de fundo
  • Iscas de silicone
  • Iscas metálicas

ISCAS DE SUPERFÍCIE:

Trabalham na linha d’água, a emoção de visualizar os ataques traz algo além de simplesmente pegar o peixe.

Tipos de iscas de superfície

1-Hélice:  Possuem uma ou mais hélices em seu corpo. Proporcionam grande vibração e ruído, atraindo peixes de uma distância maior. Responsáveis pela captura dos maiores tucunarés na Amazônia, devem ser usadas com varas de ação rápida (pontas menos flexíveis) e linha de multifilamento, para melhor eficiência. Em águas rasas, nos momentos em que os peixes não estão ativos, podem espantar mais do que atraí-los.

2-Popper: São iscas com uma cavidade frontal que se assemelham a uma boca. Criam som cacterístico e geram ataques espetaculares, sendo mais produtivas no início e no final do dia. Podem ser utilizadas com a presença de vento e marola, sem perder sua eficiência.

3-Stick: São iscas com peso na sua parte traseira e, quando paradas, ficam na posição vertical, imitando um peixe ferido, sendo assim, uma presa preferencial. São muito eficazes para arremessos longos, principalmente em águas limpas, mesmo com presença de vento.

Devem ser trabalhadas em velocidades diferentes, com movimentos de ponta de vara e recolhimento, demonstrando uma presa agonizante. Podem-se fazer pequenas paradas no recolhimento.

4-Zara: São iscas em formato próximo ao de uma banana ou pepino. São as mais difíceis de se trabalhar, deve-se fazer um movimento em Z (ziguezague), combinando recolhimento de linha e trabalho de ponta de vara.

Imitam uma presa em fuga, pequenos repteis e roedores. Muito eficientes em águas paradas, ainda mais quando se identifica o ritmo de velocidade desejado pelo predador.

ISCAS DE MEIA ÁGUA:

São iscas que possuem barbela. Quanto maior a barbela, mais profundidade atingem. Elas funcionam também de forma eficaz após o predador refugar ou errar o ataque em uma isca de superfície.

Sua escolha será muito produtiva principalmente nos dias de inatividade dos predadores, pois atingem de 0,50m a 5m de profundidade, estando assim, mais próximas a janela de ataque dos peixes.

Dentre as iscas de meia água estão as Iscas de Toque. São modelos que normalmente possuem pitão para fixar a linha no dorso, sobre a cabeça. Algumas flutuam quando paradas e outras afundam lentamente. Possuem nado errático, nadando de 0,20m a 1m de profundidade aproximadamente. Extremamente eficazes e produtivas, não podem faltar na caixa de pesca do pescador. Muito utilizada na pescaria do tucunaré.  

ISCAS DE FUNDO

São iscas que atingem o fundo rapidamente. Podem ser a salvação da pescaria, mesmo em locais que sofrem com a pressão da pesca ou mudanças climáticas, e quando os peixes predadores estão menos ativos.

1-Rattlins: São iscas bem pesadas, possuem esferas no seu interior. Normalmente a linha é fixada nas costas das iscas. Não deve ser utilizada em local com muito enrosco.

2-Jigs: São iscas formadas por anzóis com cabeça de chumbo e saia de penas ou pelos. Com grande versatilidade, seu trabalho consiste em deixar a isca afundar e com movimentos verticais de vara, imitar o nado. Muito útil para diversos tipos de predadores e, principalmente, na entrada de frente fria.

3-Metal Jigs (ou jumping jigs): Tipo de isca que revolucionou a pesca em água salgada, utilizada para muitas espécies em grandes profundidades. As placas metálicas que compõem essa isca possuem grande variedade de formatos e pesos.

4-Spinners: São conhecidas como colheres giratórias. Possuem grande eficiência principalmente para pescaria de peixes menores como tilápias e trutas. Devem ser utilizadas com giradores, para evitar a torção da linha. Variam de profundidade dependendo da velocidade de recolhimento.

5-Buzzbait: Muito semelhante ao spinner, possuem anzol com cabeça metálica e saia. Ao invés da colher, possuem hélice em seu corpo. Modelo muito utilizado na pescaria de traíra. 

ISCAS DE SILICONE

Imitam pequenos animais com perfeição: minhocas, sapos, camarões, peixes, larvas, etc.

São utilizadas normalmente com anzóis ou garateias, cabeça de chumbo ou outro lastro qualquer. São as iscas que mais se desenvolveram nos últimos anos. Muito utilizadas na pesca de robalo e outros peixes, tanto da água salgada quanto da doce.

ISCAS METÁLICAS

-Colheres: São iscas normalmente confeccionadas com uma colher metálica e um anzol. Eficientes para muitos tipos de peixes, com destaque para matrinxãs e pirapitingas. Muitas possuem anti-enrosco e exigem uso de girador.

No próximo artigo, abordaremos mais detalhes que influenciarão na sua pescaria com iscas artificiais. Detalhes como a cor da isca, temperatura da água, luminosidade, e muito mais. Até lá, pescador!

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 0B01CEBA-0E05-4EB1-A962-1B8800D4B8F8-795x1024.jpeg
Apaixonado pelo tucunaré e especialista na pesca esportiva de água doce, Alcino Lavinas, possui mais de 5 décadas de experiência na atividade, sendo 25 desses
anos, dedicados a levar pescadores em excursões por todo país, com destaque para região Amazônica. Proprietário da Amigos da Pesca & Cia, Alcino valoriza o pesque e solte, além do uso de iscas artificiais, aplicando toda técnica aprendida na prática e nos diversos cursos que fez. Quando não está atrás dos emocionantes ataques de peixes esportivos, divide um pouco da sua experiência com a gente através deste blog.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.